sábado, 30 de junho de 2012

Dinâmica para a reunião de pais

Dinâmica para a reunião de pais: nó afetivo 



                                           Nó afetivo

         Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos; pedia-lhes também que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...
         Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora,deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.
         Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou,com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho,nem de vê-lo, durante a semana, porque, quando ele saía para trabalhar, era muito cedo, e o filho ainda estava dormindo...
         Quando voltava do serviço, já era muito tarde,e o garoto não estava  .       Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o Sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir,indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
         Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele,que o pai tinha estado ali e o havia beijado.
         O nó era o meio de comunicação entre eles. A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
         O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas
se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros.Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente.
         E o mais
importante é que o filho percebia, através do nó afetivo,o que o pai estava lhe dizendo.Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento; simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol,valiam,para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias. É válido que nos preocupemos com as pessoas,mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.
         Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam"
a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto,cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras,mas sabem registrar um gesto de amor.Mesmo que esse gesto seja apenas um nó...
Um nó cheio de afeto e carinho.

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